Criança fofa e fotografia incrível |
O novo filme de Jean-Pierre
Jeunet (diretor de O Fabuloso Destino de Amélie Poulin e Alien, a Ressurreição)
conta a trajetória de um menino gênio que inventa uma máquina de movimento
perpétuo e ganha um prêmio de uma instituição que não tem ideia que ele é uma criança. Uma viagem extraordinária (The Young and Prodigious T.S. Spivet) é uma mistura de Road movie,
aventura infantil, delicadeza e fofura. Francês, sim, em todas as características. Mas rodado em inglês. Vai entender.
O menino se chama T.S.
Spivet (Kyle Catlett) e depois de perder seu irmão mais novo num acidente com
uma arma no celeiro, que ele presenciou, foge de casa para receber seu
prêmio. A criança prodígio
desenvolve uma grande culpa pela morte do seu irmão e a depressão da mãe. Ainda sim,
qualquer cena do filme poderia ser considerada alegre, se vista sem movimento.
As cenas são lindas, chamando atenção pelas cores e indumentária. A fotografia e qualidade técnica são simplesmente incríveis. Quem viu Amélie Poulin lembra de como
as cores vibrantes e as misturas quase burlescas fizeram sentido na trama.
Acontece o mesmo. A infância permanece durante todo o filme, tanto no carisma
do ator-mirim-lindo-fofo, quanto na delicadeza recorrente do cinema francês.
Outra recorrência no cinema francês a comédia/drama, que não tem um humor de gargalhar, mas de
fazer
esboçar sorrisos, às vezes seguidos de lágrimas. Todos os perigos que
Spivet
encontra durante sua viagem não são verdadeiramente perigosos, como o
caminhoneiro
fotógrafo e o policial bonachão. São elementos que contribuem para sua
viagem no estilo infantil, se contrapondo com os insights de adulto do
menino. Denis Sanacore fez a
trilha sonora, que
completa a trama de forma bacaninha. Também está presente a sempre linda
Helena
Bonham Carter, interpretando a mãe de Spivet. Os temas principais do
filme –a morte e a culpa- são tratados de uma forma singela. Jeunet
parece buscar um
entendimento sobre as questões, do ponto de vista infantil e simples.
O cinema francês vem
fazendo relativo sucesso no Brasil- pelo menos vem sendo exibido constantemente
nas salas alternativas do Rio de Janeiro. As comédias/drama estão entre os principais
lançamentos e costumam contar com elementos recorrentes: a delicadeza, as cores
pasteis ou muito coloridas e uma produção impecável.
A França é
o terceiro país em produção cinematográfica em nível mundial e ocupa a segunda
posição na distribuição de filmes no mercado internacional. Em 2005, mais de 73
milhões de pessoas assistiram a filmes franceses em todo o mundo.
Segundo
um relatório
do Instituto Franco-brasileiro de Administração de empresas
(Inbae), o consumo do cinema brasileiro vem mudando nos últimos tempos,
mas
ainda enfrente dificuldades em colocar os filmes franceses em circuito,
que são
considerados muito “cult”. Ainda sim,o relatório relembra alguns casos
de
sucesso, como‘Swimming
Pool - À Beira da Piscina’ e ‘As Bicicletas de Belleville’, que tiveram,
respectivamente 117 e 105 mil expectadores e foram mantidos por 40
semanas em
cartaz no circuito brasileiro.
Lembrando rapidamente consigo pensar em alguns que fizeram relativo sucesso por aqui: Amour, um drama que não deixou ninguém descartar os lenços; O pequeno Nicolau, que também têm um protagonista menino e fez minha tarde mais feliz; e Grand Central, que não convenceu nem como drama nem como romance.
Bem, para quem mora no Rio de Janeiro, tem duas opções maravilhosas (e gratuitas!) para ficar mais por dentro do cinema francês. A primeira dica é o cineclube Cinemaison Rio, da Embaixada Francesa. Eu nunca consegui ir, mas fico aguando na programação. Toda segunda feira a noite (normalmente as 19h) acontece sessão de um filme francês, com legenda. A programação de junho e julho já está online. E uma novidade: durante esses meses, acontecerão sessões na parte da tarde também.
A outra dica é a Aliança Francesa. O curso de idiomas está sempre fazendo sessões de filmes franceses, mas com um probleminha (ou problemão): alguns sem legenda. Vale a pena dar uma olhada no site e conferir a programação. Neste mês de junho, os filmes terão a temática do futebol. A Aliança Francesa também promovo exposições, lançamentos de livros e debates.
Lembrando rapidamente consigo pensar em alguns que fizeram relativo sucesso por aqui: Amour, um drama que não deixou ninguém descartar os lenços; O pequeno Nicolau, que também têm um protagonista menino e fez minha tarde mais feliz; e Grand Central, que não convenceu nem como drama nem como romance.
Bem, para quem mora no Rio de Janeiro, tem duas opções maravilhosas (e gratuitas!) para ficar mais por dentro do cinema francês. A primeira dica é o cineclube Cinemaison Rio, da Embaixada Francesa. Eu nunca consegui ir, mas fico aguando na programação. Toda segunda feira a noite (normalmente as 19h) acontece sessão de um filme francês, com legenda. A programação de junho e julho já está online. E uma novidade: durante esses meses, acontecerão sessões na parte da tarde também.
A outra dica é a Aliança Francesa. O curso de idiomas está sempre fazendo sessões de filmes franceses, mas com um probleminha (ou problemão): alguns sem legenda. Vale a pena dar uma olhada no site e conferir a programação. Neste mês de junho, os filmes terão a temática do futebol. A Aliança Francesa também promovo exposições, lançamentos de livros e debates.
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